
Ingresso da Sala do Sínodo, no
Vaticano - OSS_ROM
24/10/2015
14:59
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Cidade do Vaticano (RV) – O texto final
do Sínodo dos Bispos “foi aprovado por unanimidade pela Comissão dos Dez
chamada a verificar que tudo se realizasse na máxima transparência para
apresentá-lo à Assembleia”: foi o que adiantou Padre Federico Lombardi, Diretor
da Sala de Imprensa, na coletiva concedida aos jornalistas no final da manhã de
sábado (24/10). O texto foi lido inteiramente na Sala e será votado, ponto por
ponto, na parte da tarde.
Comunhão aos divorciados e
discernimento
Sobre a hipótese de readmitir à
comunhão os divorciados recasados, “o Relatório final não contém um ‘sim’ ou um
‘não’, mas um convite ao discernimento” das situações concretas, antecipou, na
coletiva, o Cardeal Christoph Schoenborn, arcebispo de Viena. O documento vai
propor critérios para o acompanhamento pastoral, não só para a comunhão, mas
para todas as questões”.
“A palavra-chave é discernimento.
Convido todos a pensar na palavra de São João Paulo II na ‘Familiaris
consortio’, onde se fala da obrigação de exercer o discernimento porque as
situações são diferentes e o Papa Francisco, com bom jesuíta, a aprendeu quando
era jovem: neste caso, discernimento significa tentar entender a situação de
uma pessoa ou de um casal”.
Homossexualidade
A respeito da homossexualidade, o
arcebispo de Viena adiantou que “não consta muito no texto e alguns ficarão
desiludidos”.
“Constatamos duas coisas. O tema tocado
neste documento é tratado sob o aspecto da família na qual existe a experiência
de um irmão, uma irmã ou um tio homossexual. Como cristãos, como lidar com
estas situações? Muitos disseram que por razões culturais ou políticas, o tema
é delicado demais. No entanto, deixar este tema fora do documento não quer
dizer que na Europa ou na América do Norte não seja um tema de Igreja, mas em
nível de universalidade temos que respeitar a diversidade das situações
políticas e culturais”.
Em síntese, para o Cardeal Schoenborn,
a mensagem principal é o próprio tema do Sínodo: Um grande ‘sim’ à família. “O
êxito do Sínodo é justamente este: a família não é um modelo superado, passado;
é a realidade mais fundamental da sociedade. Não há uma ‘rede’ mais segura em
tempos difíceis do que a família, inclusive as feridas e recompostas”.
Dom Raymundo preside sessão conclusiva
Também estava presente na coletiva de
imprensa o Cardeal Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, um dos
Presidentes-delegados do Sínodo. Dom Raymundo salientou a necessidade de os
governos oferecerem políticas públicas às famílias: “A família sozinha pode
fazer pouco”, declarou.
Na expectativa da publicação do Relatório
final, previsto para as 18h, ficou claro que em todas as situações, dos
divorciados recasados aos jovens que têm receio de contrair o sacramento do
matrimônio, as indicações são “atenção às famílias feridas; não julgar,
discernir e compreender”.
(CM)
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