
Cidade do
Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado (06/02), os grupos de oração de São Padre
Pio, os peregrinos da Arquidiocese de Manfredonia-Vieste-San Giovanni Rotondo,
e devotos do santo de Pietrelcina provenientes de todo o mundo se reuniram com
o Papa Francisco na Praça São Pedro em um “encontro de oração”.
Cerca de 80 mil fiéis participaram da audiência. Desde
cedo, antes da chegada do Papa, o público foi animado com cantos e orações.
Também o Pregador Oficial do Vaticano, o capuchinho Raniero Cantalamessa, fez
uma reflexão e entreteve os fiéis com alguns relatos sobre a vida de São Padre
Pio e São Leopoldo Mandic.
Ao ingressar na Praça, sob os aplausos da multidão, o
Pontífice deu uma volta com o Papamóvel, abençoando e trocando seu carinho com
os fiéis. A fria, mas ensolarada manhã de inverno, foi o cenário ideal para
este evento.
Confessar até a exaustão
Em seu discurso aos devotos, definiu “Padre Pio como um
servidor da misericórdia, praticando o apostolado da escuta muitas vezes até o
esgotamento”. Através do ministério da Confissão, ele se tornou uma carícia
viva do Pai, que cura as feridas do pecado e fortalece o coração com a paz. São
Pio não se cansou de acolher as pessoas e ouvi-las, de dedicar tempo e forças
para difundir o perfume do perdão do Senhor. Podia fazê-lo porque estava sempre
ligado à fonte: saciava a sede continuamente em Jesus Crucificado, e assim se
tornava um canal de misericórdia. Carregou no coração muitas pessoas e muitos
sofrimentos, unindo tudo ao amor de Cristo que se doou até o fim. Viveu o
grande mistério da dor oferecido por amor. Assim, a sua pequena gota se tornou
um grande rio de misericórdia que irrigou muitos corações áridos e criou oásis
de vida em muitas parte do mundo”.
Oração é a força da Igreja
Na sequência, o Papa recordou que São Pio definia estes
grupos de oração “viveiros de fé, fontes de amor”; porque não eram apenas
centros de encontro para estar bem com os amigos e se consolar um pouco, mas
verdadeiras fontes de amor divino. A oração, dizia ele “é uma força que move o
mundo, expande o sorriso e a bênção de Deus sobre todo vazio e fraqueza”.
Segundo o Pontífice, “a oração é uma obra de misericórdia
espiritual, um dom de fé e amor, uma intercessão necessária como o pão. Numa
palavra, significa confiar: confiar a Igreja, as pessoas, as situações ao Pai,
para que Ele cuide de tudo”. Para Padre Pio, “a oração é a melhor arma que
temos, uma chave que abre o coração de Deus”.
Misericórdia corporal
No final de seu discurso, o Papa quis recordar a obra de
“misericórdia corporal” criada pelo Santo de Pietrelcina: a Casa Alívio do
Sofrimento, inaugurada sessenta anos atrás, que ele queria que fosse um “templo
de ciência e oração”, pois “os seres humanos precisam sempre de algo que vai
além de uma cura tecnicamente correta. Precisam de humanidade. Precisam da
atenção do coração”.
Antes de se despedir, Francisco convidou os fiéis a
rezarem junto com ele o Pai Nosso e a Ave Maria.
Exposição das relíquias
As relíquias dos dois santos se encontram no altar maior
da Basílica do Vaticano e estarão expostas para a veneração dos fiéis até o dia
11.
Padre Pio morreu em 1968 e foi canonizado por João Paulo II em 2002.
Padre Pio morreu em 1968 e foi canonizado por João Paulo II em 2002.
(CM/MJ)
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