sábado, 25 de outubro de 2014

Liturgia Diária

DIA 25 DE OUTUBRO - SÁBADO

SANTO ANTÔNIO GALVÃO
PRESBÍTERO 
(BRANCO, PREFÁCIO COMUM OU DOS PASTORES – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Antífona da entrada: Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).
Oração do dia
Ó Deus, Pai de misericórdia, que fizestes do santo Antônio de Santana Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos, concedei-nos, pó sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia.
Leitura (Efésios 4,7-16)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
4 7 Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo,
8 pelo que diz: “Quando subiu ao alto, levou muitos cativos, cumulou de dons os homens”.
9 Ora, que quer dizer “ele subiu”, senão que antes havia descido a esta terra?
10 Aquele que desceu é também o que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.
11 A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores,
12 para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo,
13 até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo.
14 Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores.
15 Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.
16 É por ele que todo o corpo - coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria - efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 121/122
Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!” 

Que alegria quando ouvi que me disseram:
“Vamos à casa do Senhor!”
E agora nossos pés já se detêm,
Jerusalém, em tuas portas.

Jerusalém, cidade bem edificada
num conjunto harmonioso;
para lá sobem as tribos de Israel,
as tribos do Senhor.

Para louvar, segundo a lei de Israel,
o nome do Senhor.
A sede da justiça lá está
e o trono de Davi.
Evangelho (Lucas 13,1-9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Não quero a morte do pecado, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
13 1 Neste mesmo tempo contavam alguns o que tinha acontecido a certos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
2 Jesus toma a palavra e lhes pergunta: “Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo?
3 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo.
4 Ou cuidais que aqueles dezoito homens, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os demais habitantes de Jerusalém?
5 Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.
6 Disse-lhes também esta comparação: “Um homem havia plantado uma figueira na sua vinha, e, indo buscar fruto, não o achou.
7 Disse ao viticultor: ‘Eis que três anos há que venho procurando fruto nesta figueira e não o acho. Corta-a; para que ainda ocupa inutilmente o terreno?’
8 Mas o viticultor respondeu: ‘Senhor, deixa-a ainda este ano; eu lhe cavarei em redor e lhe deitarei adubo.
9 Talvez depois disto dê frutos. Caso contrário, cortá-la-ás’”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A PENITÊNCIA NECESSÁRIA
Baseado em fatos conhecidos dos discípulos, Jesus exortou-os a não se considerarem isentos da necessidade de fazer penitência. A condição de discípulos poderia dar-lhes uma falsa segurança e levá-los a se considerarem perfeitos. Portanto, com a salvação garantida.
Por mais decidida que seja a entrega do discípulo ao Reino, ela tenderá sempre a ser precária. Além disso, a linha que delimita as fronteiras entre a fidelidade e a infidelidade é muito tênue. A passagem de um lado para outro acontece com facilidade. Só o discípulo insensato tem a pretensão de se considerar plenamente fiel e senhor de uma decisão intocável pelo Reino. Por isso, recomenda-se não excluir a penitência, pois ela manifesta a disposição de não acomodar-se no empenho de ser sempre mais fiel ao Senhor.
A exclusão da penitência pode tornar estéril a vida do discípulo. Seu orgulho não lhe permitirá agir de forma compatível com o Reino. Ele não produzirá os frutos de amor e justiça esperados pelo Senhor. Não se sentido pecador, colocar-se-á na condição de juiz do próximo e será incapaz de reconhecer a malícia de sua ação.
Jesus age com paciência em relação aos discípulos que se julgam dispensados de fazer penitência. Entretanto, a paciência tem seus limites. Chegará a hora em que se confrontarão com o Senhor e não terão como se justificar.

OraçãoSenhor Jesus, que eu saiba reconhecer minha condição de pecador e expressar, pela penitência, minha disposição de ser fiel a ti.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Aceitai, ó Deus, as oferendas do vosso povo em honra de santo Antônio de Santana Galvão; e possamos receber a salvação pelo sacrifício que oferecemos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Filho do homem veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para a salvação de todos (Mt 20,28)
Depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, o vosso sacramento em memória do vosso santo Antônio de Santana Galvão; concedei que esta eucaristia se transforme para nós em alegria eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANTÔNIO GALVÃO)
O brasileiro Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, São Paulo. Seu pai era Antônio Galvão de França, capitão-mor da província e terciário franciscano. Sua mãe era Isabel Leite de Barros, filha de fazendeiros de Pindamonhangaba. O casal teve onze filhos. Eram cristãos caridosos, exemplares e transmitiram esse legado ao filho.

Quando tinha treze anos, Antônio foi enviado para estudar com os jesuítas, ao lado do irmão José, que já estava no Seminário de Belém, na Bahia. Desse modo, na sua alma estava plantada a semente da vocação religiosa. Aos vinte e um anos, Antônio decidiu ingressar na Ordem franciscana, no Rio de Janeiro. Sua educação no seminário tinha sido tão esmerada que, após um ano, recebeu as ordens sacerdotais, em 1762. Uma deferência especial do papa, porque ele ainda não tinha completado a idade exigida.

Em 1768, foi nomeado pregador e confessor do Convento das Recolhidas de Santa Teresa, ouvindo e aconselhando a todos. Entre suas penitentes encontrou irmã Helena Maria do Sacramento, figura que exerceu papel muito importante em sua obra posterior.

Irmã Helena era uma mulher de muita oração e de virtudes notáveis. Ela relatava suas visões ao frei Galvão. Nelas, Jesus lhe pedia que fundasse um novo Recolhimento para jovens religiosas, o que era uma tarefa difícil devido à proibição imposta pelo marquês de Pombal em sua perseguição à Ordem dos jesuítas. Apesar disso, contrariando essa lei, frei Galvão, auxiliado pela irmã Helena, fundou, em fevereiro de 1774, o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência.

No ano seguinte, morreu irmã Helena. E os problemas com a lei de Pombal não tardaram a aparecer. O convento foi fechado, mas frei Galvão manteve-se firme na decisão, mesmo desafiando a autoridade do marquês. Finalmente, devido à pressão popular, o convento foi reaberto e o frei ficou livre para continuar sua obra. Os seguintes quatorze anos foram dedicados à construção e ampliação do convento e também de sua igreja, inaugurada em 1802. Quase um século depois, essa obra tornar-se-ia um "patrimônio cultural da humanidade", por decisão da UNESCO.

Em 1811, a pedido do bispo de São Paulo, fundou o Recolhimento de Santa Clara, em Sorocaba. Lá, permaneceu onze meses para organizar a comunidade e dirigir os trabalhos da construção da Casa. Nesse meio tempo, ele recebeu diversas nomeações, até a de guardião do Convento de São Francisco, em São Paulo.

Com a saúde enfraquecida, recebeu autorização especial para residir no Recolhimento da Luz. Durante sua última enfermidade, frei Galvão foi morar num pequeno quarto, ajudado pelas religiosas que lhe prestavam algum alívio e conforto. Ele faleceu com fama de santidade em 23 de dezembro de 1822. Frei Galvão, a pedido das religiosas e do povo, foi sepultado na igreja do Recolhimento da Luz, que ele mesmo construíra.

Depois, o Recolhimento do frei Galvão tornou-se o conhecido Mosteiro da Luz, local de constantes peregrinações dos fiéis, que pedem e agradecem graças por sua intercessão. Frei Galvão foi beatificado pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1998, e canonizado em 11 de maio de 2007 pelo papa Bento XVI, em São Paulo, Brasil.

PROCLAMAS MATRIMONIAIS

 

25 e 26 de outubro de 2014


COM O FAVOR DE DEUS E DA SANTA MÃE A IGREJA, QUEREM SE CASAR:
                                                                                  

·         CIBERVAL JOSÉ AGUIAR DE CARVALHO JÚNIOR
E
SHEILA MELO DE ALMEIDA MARTINS


·         PAULO ROBERTO ALVES DE LIMA
E
MARIA DO CARMO DE MELO OLIVEIRA LIMA


·         ANTERO GRACIANO DE CARVALHO MELO JÚNIOR
E
ADRIELE MILENA LIMA PEREIRA


·         DIEGO BOMFIM DE ARAÚJO
E
THAMIRES CAVALCANTE SILVA FIGUEIREDO


·         ERINALDO MATIAS PIMENTEL
E
CAMILLA DE MELO SANTANA


·         AGEU SEBASTIÃO DE ARAÚJO
E
GLEISY CRISTINE DE LIRA ARAÚJO


·         ADARCIO CARDOSO DA SILVA
E
MARIA APARECIDA DAS NEVES




                       Quem souber algum impedimento que obste à celebração destes casamentos está obrigado em   consciência a declarar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Informação

A Paróquia Nossa Senhora das Candeias informa que o

Encontro de Noivos aqui na Matriz será neste sábado, dia 

25, por motivo das eleições do 2º Turno. Portanto  o 

encontro começará a partir das 14 horas do sábado dia 25 

de outubro, até às 21 horas.

Identidade e missão dos cristãos leigos


'Eles são homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja'.
Por Dom Aloísio A. Dilli*

Caros diocesanos. Continuamos no mês de outubro, mês das missões, e desejamos prosseguir com nossa reflexão, destacando hoje a identidade e a missão dos leigos na Igreja e no mundo. A 52ª Assembléia Geral da CNBB estudou, em 2014, o tema prioritário: Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade. Por enquanto, este é texto de estudo e aguarda futura aprovação e publicação oficial.

O Concílio Vaticano II, através da Constituição Dogmática Lumen Gentium (LG), nos lembra: "Um é o povo eleito de Deus: ‘um só Senhor, uma só fé, um só batismo’ (Ef 4, 5). Comum a dignidade dos membros pela regeneração em Cristo. Comum a graça de filhos. Comum a vocação à perfeição. (LG 32. Cf. tb. o Cap. V, nn. 39ss). Com estas palavras conciliares a Igreja afirma a beleza e a importância de todas as vocações, convidadas a participarem da vida divina, da santidade de Deus (LG 40). A fonte dessa identidade cristã é o dom do santo batismo, pois este sacramento nos incorpora em Jesus Cristo, recebendo a dignidade de membros do Povo de Deus. Afirma o documento Christifideles Laici (1988): “Só no interior do mistério da Igreja como mistério de comunhão se revela a identidade dos fiéis leigos, a sua original dignidade. E só no interior dessa dignidade se podem definir a sua vocação e a sua missão na Igreja e no mundo” (CfL 8).

A comum dignidade e a comum vocação à santidade assumem, no leigo, modalidade própria, a qual o distingue, sem separá-lo dos outros estados de vida. O Concílio Vaticano II usa a expressão: “índole secular” (cf. CfL 15 e LG 31) para denominar esta distinção, fundamentada na própria encarnação de Cristo: “O próprio Verbo encarnado quis participar da vida social dos homens... quis levar a vida como um operário de seu tempo e da sua terra” ( GS 32). Portanto, o mundo é o lugar específico onde é dirigido o chamado de Deus aos leigos: “São chamados por Deus para que aí, exercendo o seu próprio ofício, inspirados pelo espírito evangélico, concorram para a santificação do mundo a partir de dentro, como fermento, e deste modo manifestem Cristo aos outros, antes de mais pelo testemunho da própria vida, pela irradiação de sua fé, esperança e caridade” (LG 31). Esse testemunho acontece onde os fiéis se encontram: na família, na comunidade, no exercício da profissão, nas relações de vizinhança e de lazer, nos ambientes da caminhada cidadã e eclesial.

Segundo o Documento de Aparecida, os cristãos leigos devem, por missão, atuar no mundo, sendo “homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja” (DAp 209). As novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015 da CNBB insistem para que nos diversos níveis e instituições incentive-se a participação social e política dos cristãos leigos. Cabe a eles empenhar-se na busca de políticas públicas que ofereçam condições necessárias ao bem-estar de pessoas, famílias e povos. Tarefa de grande importância é a formação de pensadores e pessoas que estejam em níveis de decisão, evangelizando os novos areópagos (DAp 491): mundo universitário, da comunicação, dos empresários, dos políticos, dos formadores de opinião, do trabalho, dos dirigentes sindicais e comunitários e nos ambientes de cultura (DGAE 115-117).

O papa Francisco diz que cresceu a consciência da identidade e da missão dos leigos na Igreja e há maior participação nos ministérios laicais, mas acrescenta: “Este compromisso não se reflete na penetração dos valores cristãos no mundo social, político e econômico; limita-se muitas vezes às tarefas no seio da Igreja, sem um empenho real pela aplicação do Evangelho na transformação da sociedade” (EG 102).
CNBB, 22-10-2014.
*Dom Aloísio Alberto Dilli é bispo de Uruguaiana (RS).

Liturgia Diária

DIA 24 DE OUTUBRO - SEXTA-FEIRA

XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona da entrada: Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Efésios 4,1-6)
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
 4 1 Exorto-vos, pois, - prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, 2 com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade.3 Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. 4 Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. 5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. 6 Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos. Palavra do Senhor.
Salmo responsorial 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares
e, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
 “Quem tem mãos puras e inocente coração,
quem não dirige sua mente para o crime.

 “Sobre este desce a bênção do Senhor
 e a recompensa de seu Deus e salvador”.
 “É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face”.
Evangelho (Lucas 12,54-59)
Aleluia, aleluia, aleluia.Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 12 54 Jesus ainda dizia ao povo: “Quando vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: ‘Aí vem chuva’. E assim sucede. 55 Quando vedes soprar o vento do sul, dizeis: ‘Haverá calor’. E assim acontece. 56 Hipócritas! Sabeis distinguir os aspectos do céu e da terra; como, pois, não sabeis reconhecer o tempo presente? 57 Por que também não julgais por vós mesmos o que é justo? 58 Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele te não arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. 59 Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo”.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
O DISCERNIMENTO URGENTEA sabedoria cristã aconselha os discípulos do Reino a se colocarem numa situação de discernimento urgente e contínuo. E mais: a tirar dele conseqüências práticas. Certo de que o Senhor vem, o cristão jamais se deixará levar pela loucura de entregar-se a um projeto de vida mundano, que lhe oferece prazeres efêmeros. Antes, será perseverante no caminho do amor, seguro do fim que lhe espera.A exigência de discernimento indica que o Senhor não aceitará falsas desculpas de quem for excluído do Reino. Quem não se decide seriamente, não terá como se justificar diante do Senhor. É sempre possível saber o que é justo e corresponde ao projeto do Reino. Basta que o cristão, com a graça de Deus, se empenhe.A parábola da reconciliação, antes do processo, alude à urgência do discernimento e da decisão. Se não se chega a um acordo, enquanto os adversários estão a caminho do tribunal, o culpado será punido na certa. O bom senso recomenda não perder a chance. O discípulo de Jesus vê-se como se estivesse sempre diante da última oportunidade de aderir integralmente ao Reino e conformar sua vida com ele. Adiar esta decisão pode ser fatal. O tempo urge e o cristão não pode se dar ao luxo de agir como se tivesse um longo tempo pela frente. A prudência recomenda decidir-se já.

OraçãoSenhor Jesus, faze-me viver consciente de que urge entregar-me integralmente ao Reino e conformar minha vida com ele.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Sobre as oferendas
Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons servindo-vos com liberdade, para que, purificados pela vossa graça, sejamos renovados pelos mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão: O Filho do Homem veio dar a sua vida para a salvação dos homens (Mc 10,45).
Depois da comunhão
Dai-nos, ó Deus, colher os frutos da nossa participação na eucaristia para que, auxiliados pelos bens terrenos, possamos conhecer os valores eternos. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET
(BRANCO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia: Ó Deus, que fortalecestes o bispo santo Antônio Maria Claret com caridade e paciência admirável para propagar o evangelho entre os povos, dai que, por sua intercessão, busquemos o que é vosso e nos apliquemos com todo empenho em conquista nossos irmãos para Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas: Recebei, ó Pai, na festa de santo Antônio Maria Claret, as oferendas de vosso povo para que nos façam sentir, como esperamos, vossa paternal proteção. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão: Alimentados pelo Corpo e Sangue de Cristo, nós vos pedimos, ó Deus, que desabroche em plena redenção a ação que praticamos na fé. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTO ANTÔNIO MARIA CLARET):
O quinto dos onze filhos de Antônio Claret e Josefa Clara nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic, Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antônio Claret y Clara. Na família, aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção a Maria e o profundo amor à eucaristia. Cedo aprendeu a profissão do pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência, ouviu o chamado para servir a Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso. E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e, aos vinte e um anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre missionário. Em 1835, recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois, foi para Roma e dirigiu-se à Propaganda Fides, onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha, que muitos frutos trouxeram para a Igreja. Em 1948, foi enviado para a difícil região das Ilhas Canárias. No entanto ansiava por uma obra mais ampla e assim, em 1849, na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos. Entretanto, nessa ocasião, a Igreja vivia um momento de grande dificuldade na distante diocese de Cuba, que estava vaga havia quatorze anos. No mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de lá. E mais uma vez pôde constatar que Maria jamais o abandonava. Era uma vítima constante de todo tipo de pressão das lojas maçônicas, que faziam oposição violenta contra o clero, além dos muitos atentados que sofreu contra a sua vida. Incendiaram uma casa que se hospedava, colocaram veneno em sua comida e bebida, assaltaram-no à mão armada e o feriram várias vezes. Mas monsenhor Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho, sem nunca recuar. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos negros e índios, escravos Em 1855, junto com madre Antônia Paris, fundou outra congregação religiosa, a das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, ou Irmãs Claretianas. Fez visitas pastorais a todas as dioceses, levando nova força e ânimo, para o chamado ao trabalho cada vez mais difícil e cada vez mais necessário. Quando voltou a Madri em 1857, deixou a Igreja de Cuba mais unida, mais forte e resistente. Voltou à Espanha porque a rainha Isabel II o chamou para ser seu confessor. Mesmo contrariado, aceitou. Nesse período, sua obra escrita cresceu muito, enriquecida com seus inúmeros sermões. Em 1868, solidário com a soberana, seguiu-a no exílio na França, onde permaneceu ao lado da família real. Contudo não parou seu trabalho de apostolado e de escritor por excelência. Encontrou, ainda, tempo e forças para fundar uma academia para os artistas, que colocou sob a proteção de são Miguel. Morreu com sessenta e três anos, no dia 24 de outubro de 1870, no Mosteiro de Fontfroide, França, deixando-nos uma importante e numerosa obra escrita. Beatificado pelo papa Pio XI, que o chamou de "precursor da Ação Católica do mundo moderno", foi canonizado em 1950 por Pio XII. Santo Antônio Maria Claret é festejando no dia de sua morte.

Evangelho do Dia

Ano A - 24 de outubro de 2014

Lucas 12,54-59

Aleluia, aleluia, aleluia.Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 12 54 Jesus ainda dizia ao povo: “Quando vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: ‘Aí vem chuva’. E assim sucede. 55 Quando vedes soprar o vento do sul, dizeis: ‘Haverá calor’. E assim acontece. 56Hipócritas! Sabeis distinguir os aspectos do céu e da terra; como, pois, não sabeis reconhecer o tempo presente? 57 Por que também não julgais por vós mesmos o que é justo? 58 Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele te não arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. 59 Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo”.
Palavra da Salvação.

Comentário do Evangelho
O DISCERNIMENTO URGENTEA sabedoria cristã aconselha os discípulos do Reino a se colocarem numa situação de discernimento urgente e contínuo. E mais: a tirar dele conseqüências práticas. Certo de que o Senhor vem, o cristão jamais se deixará levar pela loucura de entregar-se a um projeto de vida mundano, que lhe oferece prazeres efêmeros. Antes, será perseverante no caminho do amor, seguro do fim que lhe espera.A exigência de discernimento indica que o Senhor não aceitará falsas desculpas de quem for excluído do Reino. Quem não se decide seriamente, não terá como se justificar diante do Senhor. É sempre possível saber o que é justo e corresponde ao projeto do Reino. Basta que o cristão, com a graça de Deus, se empenhe.A parábola da reconciliação, antes do processo, alude à urgência do discernimento e da decisão. Se não se chega a um acordo, enquanto os adversários estão a caminho do tribunal, o culpado será punido na certa. O bom senso recomenda não perder a chance. O discípulo de Jesus vê-se como se estivesse sempre diante da última oportunidade de aderir integralmente ao Reino e conformar sua vida com ele. Adiar esta decisão pode ser fatal. O tempo urge e o cristão não pode se dar ao luxo de agir como se tivesse um longo tempo pela frente. A prudência recomenda decidir-se já.

OraçãoSenhor Jesus, faze-me viver consciente de que urge entregar-me integralmente ao Reino e conformar minha vida com ele.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Efésios 4,1-6
Leitura da carta de são Paulo aos Efésios.
 4 1 Exorto-vos, pois, - prisioneiro que sou pela causa do Senhor -, que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, 2 com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. 3 Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. 4 Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. 5 Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. 6 Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos. Palavra do Senhor.
Salmo 23/24
É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
porque ele a tornou firme sobre os mares
e, sobre as águas, a mantém inabalável.

“Quem subirá até o monte do Senhor,
quem ficará em sua santa habitação?”
 “Quem tem mãos puras e inocente coração,
quem não dirige sua mente para o crime.

 “Sobre este desce a bênção do Senhor
 e a recompensa de seu Deus e salvador”.
 “É assim a geração dos que o procuram
e do Deus de Israel buscam a face”.
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

João Paulo II ensina ´educação do amor´


Em artigo, pontífice mostrou as condições indispensáveis para o matrimônio.
Por Roberta Sciamplicotti

O ponto de partida e ao mesmo tempo para onde tendem todos os assuntos relativos ao casamento é a educação do amor. Quem afirmou foi Karol Wojtyla, no artigo intitulado "Educação do amor", publicado em "Educar e amar. Escritos sobre matrimônio e família", que possui onze artigos escritos por ele entre os anos 1952 -1962.

Da educação do amor, explica o futuro papa João Paulo II, "tudo inicia; a afirmação 'matrimônio por amor' não significa outra coisa". Da mesma maneira, “o matrimônio representa sempre uma certa prova de que o amor tem que acontecer, tem que ser confirmado".

No momento das núpcias o amor é aquilo que os dois cônjuges “conhecem” melhor, “e ao mesmo tempo é a maior incógnita que os aguarda num futuro comum”, “uma incógnita para certos versos ainda maiores do que espera o destino deles”, porque o amor é algo de “muito mais profundo, traz em si a capacidade interior de determinar o próprio destino do casal”.

“Mesmo que tudo concorra para determinar o destino, como a prosperidade e a felicidade terrena levassem a um êxito decepcionante, mas se o amor permanece, a vida do casal terá alcançado a vitória. Onde, se ao contrário, o amor pudesse desiludir, a vida sofreria uma derrota, mesmo se acompanhada por um destino favorável".

Celebrando o matrimônio sacramental, afirmava Wojtyla, a mulher e o homem se aproximam de Deus e ao mesmo tempo contam com seu compromisso a favor da sua comunidade. "Em outras palavras, eles contam com a sua graça e a sua ajuda que, de maneira puramente interior, mas não menos real, moldará toda a vida deles em comum. Portanto, eles colocam diante Dele a união deles e a confirmam com juramento; assim o matrimônio adquire uma força particular que os envolve completamente”.

O problema assim definido, acrescentava, pede que o amor entre os dois seja "interiormente maduro e definitivo", coisa que não pode ser "desde o seu nascimento", podendo se tornar "só gradualmente". Esse "tornar-se" necessita ser orientado, e por isso se pode falar de educação do amor.

Para quem crê, ressalta o futuro pontífice, educar-se ao amor significa "colaborar com a graça", conceito que pode parecer "abstrato e inatingível", mas somente se "se aceita que o amor se reduz apenas a reações e expressões afetivo-sexuais instintivas".

Para Wojtyla, "são apenas as vias da graça que permitem a cada amor humano continuar a unir até o fim". "Como é indiscutível que a educação do amor é a condição indispensável onde se basear o matrimônio, assim é preciso adicionar que o matrimônio-sacramento corresponde somente àquela educação do amor que se desenvolve sobre a base da verdade que 'Deus é amor' e 'o amor vem de Deus'". "Realizar estas verdades significa colaborar com a graça do amor".

Pelos esposos, concluía o futuro João Paulo II, aqui se realiza a maior "colaboração com a graça do sacramento do matrimônio”, colaboração que inclui “tudo aquilo que faz parte do caminho em direção aos valores humanos do matrimônio, não evitando nada”.
SIR/Aleteia, 23-10-14.