quarta-feira, 15 de maio de 2013

Papa adverte para os riscos do egoísmo na atitude do cristão



Imagem de Judas, com Jesus Cristo: idolatria o levou ao afastamento da comunidade, lembra o papa
Cidade do Vaticano  – "Precisamos de um ´coração grande´, que seja capaz de amar". Essas são palavras do papa Francisco, durante a homilia da missa pronunciada na terça-feira (14) na Capela da Casa Santa Marta. Da Missa, concelebrada pelo Arcebispo de Medellín, Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, participaram funcionários dos Museus Vaticanos e alunos do Pontifício Colégio Português.
O papa advertiu para a atitude de egoísmo que, como acontece com Judas, leva ao isolamento da própria consciência e, por fim, à traição. "Pensemos naquele momento quando Madalena lava os pés de Jesus com o nardo, tão caro: é um momento religioso, um momento de gratidão, um momento de amor. E ele se afasta e critica amargamente: ´Mas … isso poderia ser usado para os pobres!’. Esta é a primeira referência que eu encontrei no Evangelho da pobreza como ideologia. O ideólogo não sabe o que é o amor, porque não sabe doar-se".
"Quem ama, acrescentou, dá a vida como dom; o egoísta, ao invés, cuida da sua vida, cresce neste egoísmo e se torna um traidor, mas sempre só. Quem, ao invés, dá a vida por amor, jamais está só: está sempre em comunidade, em família. Quem isola a sua consciência no egoísmo, no final a perde".
Foi o que aconteceu com Judas, disse o Papa, que era "um idolatra, afeiçoado ao dinheiro”. “E essa idolatria o levou a isolar-se da comunidade: este é o drama. Quando um cristão começa a isolar-se, também isola a sua consciência do sentido comunitário, do sentido da Igreja, daquele amor que Jesus nos dá. Ao invés, o cristão que doa a sua vida, que a perde, como Jesus diz, a encontra, reencontra-a plenamente. João nos diz que Satanás entrou no coração de Judas".
"E Satanás sempre nos engana: sempre! Jesus, pelo contrário, ama sempre e sempre se doa. E este seu dom de amor, disse o Papa, nos leva a amar “para dar fruto. E o fruto permanece”. O Pontífice concluiu sua homilia com uma invocação ao Espírito Santo: "Nesses dias em que aguardamos a festa do Espírito Santo, peçamos: Vem, Espírito Santo, vem e dê-me este coração grande, este coração que seja capaz de amar com humildade. E que nos liberte sempre do outro caminho, do caminho do egoísmo, que não tem bom fim. Peçamos esta graça”.
SIR

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