sábado, 8 de junho de 2013

Não se transmite a identidade cristã pelo relativismo, afirma Dom Fisichella


O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, comentou sua preocupação sobre os nocivos efeitos do relativismo na transmissão da Fé nos níveis comunitário e familiar, essenciais para a Nova Evangelização. "Nós somos crentes mas em nossas comunidades não se transmite a identidade cristã como a identidade de evangelizadores", alertou o Arcebispo. Suas declarações destacam vários desafios sérios que deve enfrentar a Igreja Católica. "O grande problema hoje é este: nos encontramos em um momento histórico no qual se interrompeu a transmissão da Fé", afirmou Dom Fisichella. Para o prelado, uma das causas mais importantes deste problema é o avanço do relativismo. "Seguramente um dos motivos é o não crer mais que nossa religião seja a verdadeira. Se não há já uma relação com a verdade, por que tenho que ir aonde está outra pessoa e dizer-lhe que isto é belo? Porque nos dirá: ´Ele é muçulmano, aquele é budista, cada um tem uma cultura própria´", explicou.

Prescindir da Igreja é destruir o cristianismo

O Presidente do Pontifício Conselho advertiu que a cultura atual concebe as religiões como um "supermercado" onde cada qual pega o que necessita, e isto contradiz a veracidade e autenticidade do cristianismo. "Porque não cremos mais, se diminuiu a transmissão, a dimensão da verdade; na catequese não se fala mais do valor intrínseco da Fé, motivo pelo qual cada um pensa ter Fé prescindindo da Igreja", advertiu o prelado. Prescindir da Igreja tem um efeito devastador na Fé mesma, segundo alertou Dom Fisichella: "Essa dimensão individualista que a sociedade e a cultura hoje me dá, a assumo também no fenômeno do cristianismo, o que significa a destruição do cristianismo mesmo. Por que? Porque o cristianismo é um fenômeno comunitário e não individual como tal". O Arcebispo fez então um chamado aos católicos para tomar consciência desta situação e fomentar a adesão dos crentes à Igreja. "Temos necessidade de nos reencontrar com nós mesmos, ou seja redescobrir nossa identidade e o sentido do pertencer a uma comunidade, a Igreja. Isto, a meu ver, é fundamental." Dom Fisichella recordou finalmente que os católicos tem a obrigação de ser evangelizadores e de sair ao encontro do homem de hoje, levando a Fé aos lugares nos quais se desenvolve a vida cotidiana daqueles que se distanciaram de Deus.
SIR

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