terça-feira, 20 de agosto de 2013

Francisco: 'Fé e violência são incompatíveis'


Pontífice pede aos fiéis que continuem a rezar pela paz no Egito.

A paz de Cristo não é “neutralidade” nem  “compromisso a todo o custo”: seguir Jesus “inclui renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, inclusive quando isto requer sacrifício e renúncia aos próprios interesses”, disse o papa Francisco no Ângelus do último domingo (18), recitado na praça de São Pedro na presença de muitíssimos fiéis.

Quando Jesus diz que veio "trazer divisão", realçou o pontífice,  "não é que Ele queira dividir os homens entre si, ao contrário”; Ele indica o critério: “viver para si mesmo, ou viver para Deus e para os outros; ser servido ou servir; obedecer ao próprio eu, ou obedecer a Deus”.  Disto deduz-se, frisou, que não pode ser autorizado o uso  da força para defender a fé. “Fé e violência são incompatíveis” e, explicou o Papa, “a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que inclui a renúncia a qualquer violência”.

O Pontífice, que depois da recitação do Ângelus exortou a rezar pelas vítimas do naufrágio de uma embarcação nas Filipinas e pela paz no Egito, recordou que  seguir Jesus “significa participar” porque a fé não é um adorno: significa “escolher Deus como critério-base da vida”.

“Viver a fé – explicou o Papa na meditação – não é enfeitar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo decorado com o glacê. Não, a fé não é isto”. Depois da vinda de Jesus, prosseguiu, “não nos podemos comportar como se não conhecêssemos Deus”. De fato, “Deus tem um rosto concreto, tem um nome: Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa a todos nós”.

Está em sintonia com a meditação do Ângelus dominical também o tweet que o Papa lançou na manhã de segunda-feira, 19 de Agosto: “Não podemos ser cristãos a tempo parcial. Se Cristo está no centro da nossa vida, Ele está presente em tudo o que fazemos”. E precisamente hoje o account italiano do Pontífice superou um milhão de followers. São 8.600.000 as pessoas que seguem o Papa através da plataforma digital,  conectando-se aos nove canais linguísticos de @Pontifex.
L’Observatore Romano, 20-08-2013.

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