quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Arcebispo propõe reflexão sobre oração e esperança


Uberaba - "A esperança é uma marca indelével em nosso coração", de acordo com Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba, em Minas Gerais, em seu mais recente artigo. Intitulado "Esperança", o texto escrito pelo prelado reflete a relação entre a oração e a esperança que devemos ter em Deus.
Para Dom Paulo, a esperança "nos leva a aspirar por felicidade, dando sentido verdadeiro para a vida",pois, quando não se tem mais esperança, perdemos o sentido da vida, corroendo "a essência do existir com as atitudes do desespero". "O desânimo pode endurecer nossos sentimentos e é um caminho seguro para terminar no desastre da vida, que pode chegar até o suicídio", alertou.
Segundo o arcebispo, a oração é a força para quem busca fortalecer sua esperança em Deus, indicando relacionamento com o Altíssimo, pois partir dela, acontece a "retomada de ânimo, de objetivos e de visão confiante no futuro".
A falta de esperança do brasileiro também foi abordada pelo prelado, que apontou, entre alguns pontos, o envolvimento da população com a cultura do desespero, a insegurança, causada pelos índices de violência e a política do país.
"Não podemos prender os olhos nas tragédias da vida. Cada desgraça pode causar desânimo e desestímulo para a pessoa agir. Mesmo assim é importante contemplar a beleza da vida que enfrenta os desafios da esperança. É fundamental o desejo de continuar defendendo a vida na sua plenitude", enfatiza.
Continuando, Dom Paulo afirma que a esperança "deve dar sabor para a vida, coragem para a luta e determinação para vencer". Para sintetizar sua ideia, o Arcebispo cita a passagem bíblica de Romanos: "A esperança não decepciona" (Rm 5, 5).
"Não é qualquer esperança, como aquela só de ilusões e falsas promessas, mas que seja fundamentada nos princípios da vida". Finalizando, "a verdadeira esperança vem de Deus, daquele que pode fazer das realidades inseguras um caminho de realização plena, ainda na terra, e a dimensão da eternidade feliz", pois "essa esperança cresce na medida de nossa confiança em Deus e na realização de seu projeto de vida na terra". "Na eternidade não haverá mais esperança, porque a vida será toda no amor total de Deus", conclui Dom Paulo.
SIR

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