domingo, 6 de outubro de 2013

Congresso Internacional comemora os 50 anos da Pacem in Terris


O papa Francisco remarcou que “não apenas os principais direitos civis e políticos devem ser garantidos, mas que é preciso oferecer a cada um a possibilidade de ter efetivamente acesso aos meios essenciais de subsistência, à alimentação, água, moradia, saúde, educação e à possibilidade de formar e manter uma família”. “Estes são os objetivos que têm prioridade impostergável na ação nacional e internacional”, destacou.

Na sua audiência com os participantes do Congresso Internacional por ocasião dos 50 anos da publicação da encíclica Pacem in Terris, promovido pelo Pontifício Conselho para a Justiça e a Paz, recalcou que este texto eclesial ressalta precisamente que o valor e a dignidade de cada ser humano “deve ser promovido, respeitado e tutelado sempre”.

Neste sentido, advertiu que não pode haver paz em uma sociedade que não trabalha pela justiça e pela solidariedade. Assim, o Pontífice precisou que esta encíclica escrita pelo beato João XXIII, que será canonizado no próximo dia 27 de abril de 2014 junto com João Paulo II, recorda que “não pode haver verdadeira paz e harmonia se não se trabalha por uma sociedade mais justa e solidária, se não se superam os egoísmos, os individualismos e os interesses de grupo em todos os níveis”.

Além disso, o papa destacou que a encíclica Pacem in Terris não propõe que a Igreja tem como tarefa dar indicações concretas em matérias políticas, econômicas e sociais “nem indicar soluções práticas, mas o diálogo, a escuta, a paciência, o respeito pelo outro, a sinceridade”.

O Congresso reuniu 250 especialistas de diversos países em de quarta-feira até sexta-feira para abordar também a reforma da ONU, a cargo do professor Joseph Deiss, que foi presidente da Assembleia Geral da ONU, e o tema da paz do ponto de vista da educação, ciências e cultura, a cargo da Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova.

Assim mesmo, no Congresso são abordadas outras questões, como o trabalho, o desemprego e a proteção dos direitos humanos, tratados por acadêmicos em nível internacional. Em particular, o secretário deste dicastério, o bispo Mario Toso, indicou a importância do direito ao trabalho “que é um bem fundamental para a pessoa, para sua socialização, formação de uma família, contribuir para o bem comum e a realização da paz”. Por isso, concluiu que a tal bem “correspondem deveres e direitos que exigem corajosas e novas políticas do trabalho para todos”.
Religión Digital, 03-10-2013.

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