sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Retweet: Bento XVI supera Justin Bieber


Faltou charme para o cantor pop Justin Bieber.

L’Osservatore Romano 21/12 - Na sua primeira semana no Twitter o Papa Bento XVI, com o seu account @pontifex, obteve uma quantidade de contactos recorde, superando astros da música como Justin Bieber em percentagem e número de retweeting das suas mensagens.
Mais de 1,2 milhões de followers do Papa  –   dos mais de dois milhões dos seus atuais followers  totais – decidiram partilhar a mensagem inaugural «Queridos amigos, estou feliz por entrar em contacto convosco através do Twitter. Obrigado pela vossa resposta generosa. Abençoo todos vós do fundo do coração». Ao contrário, só 0,7 % dos fãs da pop star consideraram oportuno retransmitir as suas palavras  no dia 26 de setembro passado, quando Bieber postou a segunda mensagem que se tornou a mais difundida de 2012 e da sua carreira até hoje nos social media.
Olhando rapidamente para as estatísticas resulta evidente que este dado é parte de uma tendência mais ampla: no site fala-se muito de espiritualidade e religião, e «os fiéis são mais ativos no retweet das palavras do Papa que os fãs de Bieber para a pop star», como confirmam os peritos de «chilreios» na Rede. É indicativo o fato de que para o Papa o limiar de um milhão de followers foi superado já antes da audiência de 12 de dezembro passado durante a qual Bento XVI enviou o tweet inaugural e que depois  no espaço de vinte e quatro horas os seguidores da Rede aumentaram de 750.000 unidades.
O último dado disponível, atualizado às 12 horas do dia 20 de dezembro, fala-nos de 2.108.484 followers. Nas próximas semanas o Papa iniciará a tweetar também em chinês e em  latim, além das oito línguas já ativas.
A conta de Bento XVI na rede social tem neste momento mais de 53 mil seguidores em língua portuguesa.

Deus nos humaniza 2




Não precisamos escolher entre Deus e a humanidade (Foto: Reprodução)
Ofereço aqui  mais um pouco de ‘teologia pública’, porque meu texto da semana passada ficou incompleto. Expliquei que o ‘Deus cristão’ participa, em Jesus de Nazaré, da existência humana, até a morte por amor. Assim, nossa humanidade deve ser vista, não em competição com o poder de Deus, e sim, em solidariedade com Ele – o que, biblicamente, se chama: Aliança.

É preciso aprofundar mais essa solidariedade, porque nas cabeças e nos corações está cravada a oposição entre o humano e o divino. Apesar de séculos de cristandade! Ou, talvez, por causa de certo tipo de cristandade...

Não precisamos escolher entre Deus e a humanidade. Deus já fez a escolha. Escolheu por ser humano, e por esta escolha revela o homem a si mesmo como sendo capaz de muito mais do que ele pensava: capaz de Deus.

Muita gente pensa que ser descontrolado, omisso, inconfiável, incoerente, é ‘humano’. Pois bem, a vida humana de Jesus (e de muitos daqueles que o seguiram) ensina o contrário. A fidelidade de Jesus ao seu caminho, que aos olhos do mundo pareceu um fracasso, é isso que é humano de verdade.

Outro aspecto: há quem pense que dedicar tempo e atenção a Deus – se assim podemos descrever a religiosidade – é carolice. Os machistas dizem: coisa de mulher (esquecendo que o judaísmo e o islã são religiões para os varões!). Pois bem, a Carta de Tiago e muitos outros textos da Sagrada Escritura nos ensinam que a verdadeira religião é prática, ética: “sustentar os órfãos e as viúvas em suas necessidades e guardar-se da contaminação do mundo” (Tiago 1,27). Não é perda de tempo.

Não que ética e fé em Deus sejam a mesma coisa. Conhecemos pessoas profundamente éticas (graças a Deus) que dizem não acreditar em Deus. A consciência ética não depende de um raciocínio teológico. Está embutida no coração, faz parte da humanidade. Mas o Deus cristão a aprofunda, a humaniza.

O Deus cristão, cujo retrato visível, ou relato narrável, é Jesus de Nazaré, nos faz entender que ‘pecar’ não é humano, mas inumano, porque fica aquém da possível humanidade. A Carta aos Hebreus (4,15) escreve a respeito de Jesus, literalmente: “tendo sido posto à prova quanto a tudo, segundo a [nossa] semelhança, menos o pecado”.  Muitas vezes isso é interpretado como se Jesus tivesse vivido aparentemente como nós, mas sem ser tentado pelo pecado. Mas então ele não teria sido bem igual a nós. Devemos levar a sério a primeira parte da frase: foi posto à prova como nós em tudo, inclusive na tentação ao pecado. Em tudo isso ele foi semelhante a nós, sem, porém, pecar.

Reflitamos então sobre essa semelhança. Adão e Eva (= todos nós) eram chamados à semelhança com Deus (Gênesis 1,26-27), mas não a realizaram: pecaram (pelo pecado que é o de todos nós, seja lá qual for). Jesus assume nossa semelhança e a realiza completamente: não pecou. Porque nossa semelhança é chamada a ser semelhança com Deus, o que significa algo prático, um modo de agir que combine com Deus. Por isso o Antigo Testamento diz: “Sede santos porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Levítico 19,1). E Jesus traduz isso como “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mateus 5,48), ou “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso” (Lucas 6,36).

Em sua semelhança humana, Jesus nos revela nossa possível (e desejável) semelhança com Deus. E ao mesmo tempo nos faz perceber, por seu modo de existir e levar sua existência a termo, os indícios do sentido que isso confere ao nosso ser. Esses indícios não são formulados em forma de dogmas, mas apresentam-se em forma de uma prática de vida (e morte), que a nós cabe reinterpretar, para e por meio de nossa vida e morte, enquanto pessoas abertas à comunidade e ao mundo.

E mais: a fé cristã acredita não somente que Jesus nos revela nossa verdadeira capacidade humana, mas ainda que recebemos a força e a luz para realizá-la, e essa força e luz chama-se o Espírito – o Espírito de Cristo e de Deus.

Em soma: não somos destinados a uma existência fraca, fracassada. Pelo contrário, nas provações da vida podemos mostrar que o Espírito que animou Jesus anima também a nós, fazendo-nos superar a insignificância de uma vida entregue aos ventos e às ondas do momento.

Tudo isso parece muito pessoal. Não é, ao contrário, a coletividade o ‘homem novo’ que abre novos rumos na história? Mas creio que o sentido de nossa vida se realiza pelo que pessoalmente assumimos. Só que pessoa significa abertura, comunicação. A minha humanidade se realiza com a humanidade de todos. E ficar aquém de minha possível humanidade compromete a humanidade de todos. O sujeito coletivo não substitui o sujeito pessoal. Está em intrínseca conexão com ele, numa relação dialética. Todavia, a liberdade tem sua fonte em cada um de nós, e essa fonte tem muito a ver com Quem a faz brotar...

Johan Konings Johan Konings nasceu na Bélgica em 1941, onde se tornou Doutor em Teologia pela Universidade Católica de Lovaina, ligado ao Colegio para a América Latina (Fidei Donum). Veio ao Brasil, como sacerdote diocesano, em 1972. Foi professor de exegese bíblica na Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre (1972-82) e na do Rio de Janeiro (1984). Em 1985 entrou na Companhia de Jesus (jesuítas) e, desde 1986, atua como professor de exegese bíblica na FAJE - Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia, em Belo Horizonte, onde recebeu o título de Professor Emérito em 2011. Participou da fundação da Escola Superior Dom Helder Câmara. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Arcebispo: “Não nos interessa quando será o fim do mundo ...”

Maringá, PR, 20 dez (SIR) - "Fim do Mundo". Este é o título do último artigo de dom Anuar Battisti, arcebispo metropolitano de Maringá, no Estado do Paraná, onde ele afirma que não é a primeira vez em que somos atacados pelo anúncio de mais um "fim do mundo".
Para o prelado, falsas profecias, fundadas, inclusive, em dados históricos ou fenômenos naturais, causam espanto, medo e ansiedade. De acordo com dom Anuar, sempre houve e sempre haverá este tipo de preocupação com o fim dos tempos. No entanto, avalia o arcebispo, no mundo cristão existe uma palavra que nos tranquiliza e nos abre para um novo modo de vida: "Cuidado para que ninguém engane vocês. Porque, muitos virão em meu nome dizendo: Eu sou o Messias. E enganarão muita gente. Vocês vão ouvir rumores de guerra, prestem atenção e não fiquem assustados, pois estas coisas devem acontecer, mas ainda não será o fim" (Mt 24,5-7). Ainda no Evangelho de São Mateus encontramos a frase: "Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém o sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai".
O prelado nos alerta para o que há de mais importante nesta questão: não nos interessa quando será o fim, mas se estamos preparados para quando ele chegar. "Vigiar sem cochilar é o modo novo e antigo para ser e viver diferente. Não se trata de um novo caminho, e sim de um novo modo de viver", afirma dom Anuar, que ainda lembra mais um trecho do Evangelho de São Mateus: "A maldade se espalhará tanto que o amor de muitos se resfriará. Mas quem perseverar até o fim será salvo". Conforme o arcebispo, é fácil se tornar uma pessoa fria, insensível, negativista, derrotista, incapaz de amar, diante de tanta maldade. "Diante de um mundo tão complicado não seria melhor acabar tudo e começar tudo de novo? Onde está a força de criar um novo céu e uma nova terra? O novo está dentro de nós. É do coração humano que sai a maldade e a bondade. O maior de todos os perigos é a insensibilidade. Parece que tudo se tornou normal, tudo é natural, tudo não é nada", pondera ele.
Outro trecho da Bíblia citado pelo prelado, vem do Evangelho de Lucas, e diz assim: "Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez, e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós. Ficai atentos e orai a todo o momento, a fim de terdes força para escapar de tudo que deve acontecer para ficardes em pé diante do Filho do Homem".
Por fim, dom Anuar ressalta que é necessário permanecermos de pé diante de tudo o que nos rodeia, e que isso só será possível se formos capazes de ficar de joelhos. Ele nos aconselha a orar e orar, para escapar das armadilhas do mal e permanecer firmes e irresistíveis na prática do bem, pois é este o novo modo de viver. "Ilusões, falsas profecias, falsas promessas, desejo de prever o futuro e o invisível, enganos e desenganos podem se tornar à razão de vida de muitos. Cuidado. Muita coisa bonita existe e vale a pena viver. Há ainda muita coisa pra fazer, muita gente fazendo o bem sem olhar a quem. Meu Deus, tudo é obra de suas mãos! Ajudai-nos a fazer tudo como se tudo dependesse de nós, mas ao mesmo tempo como se tudo dependesse de você", conclui o prelado.

"Populorum Progressio", a caridade do Papa na América Latina

Cidade do Vaticano, 20 dez (SIR) - Por desejo do então Papa João Paulo II foi criada a Fundação “Populorum Progressio”, que tem como missão implementar projetos de desenvolvimento para os pobres no continente latino-americano.
A Fundação está inserida no Pontifício Conselho Cor Unum, o dicastério vaticano voltado para a caridade do Papa. A Rádio Vaticano conversou com o subsecretário do dicastério, Monsenhor Segundo Tejado Muñoz, sobre as obras da Fundação no continente. Inicialmente, Mons. Muñoz explicou a motivação de João Paulo II em criar este organismo em 1992, por ocasião do V centenário de evangelização da América. Segundo ele, “a ideia de João Paulo II, que ainda subsiste, era a de ajudar estas populações, que possuem tradições ancestrais nas suas vidas e nas suas comunidades, e que correm o risco de perder a sua identidade na sociedade pós-moderna. Assim, o seu olhar era dirigido a estas populações vulneráveis, no sentido de ajudá-las no seu desenvolvimento, um desenvolvimento que não seja imposto, mas que parta justamente deles”.
Sobre as ações desenvolvidas junto às populações indígenas do continente latino-americano, o subsecretário do dicastério indicou que nos últimos anos foram implementados mais de três mil projetos: “são pequenas iniciativas para ajudar estas pequenas comunidades indígenas, de afro-americanos e de outros campesinos da América Latina. São pequenos projetos desenvolvidos na selva amazônica, nos países andinos, no Peru, Colômbia, no Brasil e na América Central. São pequenos sinais do amor do Santo Padre pelos últimos, pelos menores”, salientou.
Os projetos, segundo informa Mons. Muñoz, são financiados em sua maioria pela Conferência Episcopal italiana, mas são buscadas novas formas de financiamento, para se evitar o corte de verbas nos mais de 800 projetos enviados aos dicastério anualmente. “Outro desafio – sublinha -, é se fazer conhecer mais para poder se chegar a locais que tenham necessidade e onde ainda não se chegou”. “Mesmo a Igreja estando presente de maneira capilar na América Latina, desejamos alargar nossas possibilidades de ajuda no âmbito de ação da Fundação”, enfatiza.

Evangelho do dia

Ano C - Dia: 20/12/2012



O maior Anúncio já feito
Leitura Orante


Lc 1, 26-38

Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria. O anjo veio e disse:
- Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você.
Porém Maria, quando ouviu o que o anjo disse, ficou sem saber o que pensar. E, admirada, ficou pensando no que ele queria dizer. Então o anjo continuou:
- Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. 3Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Então Maria disse para o anjo:
- Isso não é possível, pois eu sou virgem!
O anjo respondeu:
- O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus nada é impossível.
Maria respondeu:
- Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!
E o anjo foi embora.

Leitura Orante

Em união com todos que se encontram neste ambiente virtual,
iniciamos nossa Leitura Orante do Advento,
com a

Canção do Advento
Ó vem, Senhor, não tardes mais!
Vem saciar nossa sede de Paz!

1. Ó vem, como chega a brisa do vento,
Trazendo aos pobres justiça e bom tempo!

2. Ó vem, como chega a chuva no chão
Trazendo fartura de vida e de pão!

3. Ó vem, como chega a luz que faltou
Só tua palavra nos salva Senhor!

4. Ó vem, como chega a carta querida
Bendito carteiro do Reino da Vida!

5. Ó vem, como chega o filho esperado
Caminha conosco Jesus Bem amado!

6. Ó vem, como chega o Libertador
Das mãos do inimigo nos salva Senhor

1. Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio com toda atenção, na minha Bíblia, o texto do Evangelho: Lc 1,26-38.

O lugar onde acontece este fato é uma pequena aldeia da Galileia: Nazaré. A pessoa a quem Deus envia seu mensageiro é uma jovem como as outras de seu tempo: Maria. Fica preocupada e pede explicações. Por isso, fica sabendo que o que lhe acontecerá é obra do Espírito Santo e que o Menino do qual será Mãe é o próprio Filho de Deus. Sabendo que a Deus nada é impossível, com fé, faz seu ato de disponibilidade ao Projeto de Deus: "Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!" Aprendo com Maria a buscar perceber os sinais de Deus, a dialogar com Deus, a ouvi-lo, a discernir a vontade de Deus e a dizer "sim".

2. Meditação(Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Como acolho os "anúncios" de Deus na minha vida? Muitas vezes o anúncio é para uma mudança de vida, outras é o imprevisto que me faz trocar meus projetos, outras vezes um problema de saúde, no trabalho, em família. Respondo com fé e disponibilidade?
O anúncio de Nazaré continua hoje, de muitas formas e através de muitas pessoas. Os bispos nos ajudam nesta reflexão: "A Virgem de Nazaré teve uma missão única na história da salvação, concebendo, educando e acompanhando seu filho até seu sacrifício definitivo. Desde a cruz Jesus Cristo confiou a seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce diretamente da hora pascal de Cristo: "E desse momento em diante, o discípulo a recebeu em sua casa" (Jo 19,27). Perseverando junto aos apóstolos à espera do Espírito (cf. At 1,13-14), ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente. Como mãe de tantos, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a experimentarem como uma família, a família de Deus. Em Maria, encontramo-nos com Cristo, com o Pai e com o Espírito Santo, assim como com os irmãos."( DAp 267).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Acendemos a 4ª vela do Advento, cantando, conforme melodia ao lado.

Refrão:
Meus irmãos, penitência e oração !
Arrumemos nossa casa co'alegria !
Logo a ela, o Senhor vai chegar,
Pelo ventre imaculado de Maria !

4º domingo:Acendemos hoje a última vela,
Pois tão logo o Emanuel vai chegar.
Com Maria, todos juntos, na espera,
"Deus-Conosco", pro seu Reino implantar!
Posso também cantar, com o Padre Zezinho, a canção que é uma oração a Maria,
Maria de Nazaré
Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou
As vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Vigem de Nazaré
Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu
Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria, Mãe de Jesus!

Maria que eu quero bem, Maria do puro amor
Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor
Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus Maria deixou
Um sonho de Mãe Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz
Maria que fez o Cristo falar
Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu

4. Contemplação(Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Quero hoje perceber melhor os anúncios de Deus e com fé e disponibilidade vou dar minha resposta.

Bênção
A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!

Santo do dia

São Domingos de Silos
1000-1073


 20 de dezembro

São Domingos de Silos
É historicamente reconhecida a influência das ordens religiosas na formação da sociedade européia na Idade Média. Numa época onde a força era a suprema lei e o valor militar de um homem se sobrepunha a todos os outros, os monastérios eram verdadeiros oásis de paz e os monges, os guardiões da cultura, do direito e da liberdade. Talvez o maior defensor dos valores monásticos tenha sido o religioso Domingos de Silos, que valorizava nos mosteiros o ensino não só da agricultura como dos demais ofícios e artes.

Domingos nasceu no ano 1000, em Navarra, Espanha, no seio de uma família pobre e cristã. Quando menino, foi pastor de ovelhas. Já desse período se conta que era bondoso ao extremo, oferecia leite de ovelha para alimentar os caminhantes pobres. Ao mesmo tempo, gostava muito de estudar, motivo que levou seus pais a entregá-lo ao padre da paróquia onde moravam. Ele criara uma escola ao lado da igreja.

Saiu-se tão bem que o padre quis ordená-lo sacerdote. Antes disso, Domingos resolveu experimentar a vida de eremita para depois, enfim, entrar num convento beneditino, onde descobriu sua verdadeira vocação, pois logo se tornou exemplo para os demais monges. Quando completou trinta anos, foi encarregado de restaurar e reabrir o Mosteiro de Santa Maria, havia muito tempo fechado. Para isso tornou-se esmoleiro, trabalhou como operário, fez de tudo um pouco para conseguir recursos e poder receber os candidatos à vida monástica. A surpresa veio, quando viu que, entre eles, estava seu próprio pai, além de alguns parentes.

Terminada essa obra, foi convidado a ser o abade do Mosteiro de São William de la Cogola. Foi perseguido, porém, pelo príncipe de Navarra, que tinha a intenção de apossar-se dos bens do convento. Assim, teve de refugiar-se em Castela. Lá, recebeu com prazer a missão de reavivar o Mosteiro de São Sebastião de Silos, em Burgos, quase desabitado e em decadência total. Domingos foi abade do mosteiro por mais de trinta anos, sendo considerado seu novo fundador. Imprimiu espírito novo, atividade intensa e fecunda, tornando-o um centro de cultura e cenáculo de evangelização.

Ao final da vida, era chamado de "apóstolo de Castela". Previu a data da própria morte, que ocorreu em 20 de dezembro de 1073. Festejado nesse dia pela Igreja como são Domingos de Silos, a sua popularidade é muito vasta. Depois de sua morte, o nome do abade foi impresso, na história da Espanha, ao lado de "el Cid Campeador", o libertador do povo espanhol do jugo dos invasores infiéis.

Mensagens

Olhar o presépio com os olhos do coração.


Sejamos como Maria: na contemplação, um olhar de ternura ao Menino Jesus e um coração capaz de acolher as surpresas de Deus.

Sejamos como José: no silêncio, a não-compreensão dos fatos, mas a plena aceitação do mistério de Deus.

Sejamos como os anjos: na alegria, o canto de glória por todos o céu e por toda a terra. "eis que anuncio a vocês uma grande alegria: um menino nasceu, um Filho nos foi dado" (Lc 2,10).

Sejamos como os pastores: na simplicidade, os passos apressados... apressados porque na direção Daquele que era o prometido, a esperança dos pobres e pequenos.

Sejamos como o boi e o burro: na generosidade, o cumprimento da própria missão. Nada melhor do que fazer bem o próprio papel, em tempo e lugar. Estar a serviço... o mundo precisa do que somos mais do que aquilo que temos ou fazemos.

Sejamos como a estrela: um percurso feito na calada da noite, de modo brilhante e convincente. Anunciar... a notícia se faz grande, percorre quilômetros e aponta a direção.

Sejamos como os Reis Magos: na esperança, o acreditar! Caminhar seguindo a estrela, acreditar seguindo o coração.

Sejamos, enfim, como Jesus: humilde, pequeno, pobre e simples. Na comunhão com o Infinito, com o Criador, um sim à vida. Eis-me aqui... vim para fazer a tua vontade.

Feliz natal!


Padre Antônio Geraldo Dalla Costa