sábado, 16 de fevereiro de 2013

"Bento XVI fez transição para novo ciclo histórico na Igreja"


Lisboa, Portugal, 16 fev (SIR) - O pontificado de Bento XVI completou a obra do antecessor João Paulo II e "é a transição para um novo ciclo histórico na vida da Igreja", afirma Marcelo Rebelo de Sousa. “Eu diria que o pontificado [de Bento XVI] completa o pontificado de João Paulo II.
São duas personalidades muito diferentes, para não dizer em muitos aspectos totalmente diferentes, mas que conviveram e trabalharam lado a lado durante muito tempo e que se completaram”, argumenta o professor de Direito. Marcelo Rebelo de Sousa, que falava à margem do lançamento de um livro que assinala os 50 anos de carreira literária de Vasco Graça Moura, esta quinta-feira, em Lisboa, compreende os argumentos que levaram Bento XVI a renunciar. “
É um fato que traduz a mudança dos tempos. As exigências físicas a um Papa hoje, de presença em todo o mundo, de solicitação, de desafios, são muito maiores do que eram há 20, 30, 40, 50 ou cem anos e o próprio Papa não foge a essa mudança no mundo”, afirma o comentador político. Marcelo Rebelo de Sousa considera o período da Quaresma, que começou na quarta-feira, o ideal para uma reflexão.
“A coincidência no tempo com o começo da Quaresma é para os católicos um momento único, porque permite fazer uma Quaresma em percurso de unidade e mobilização acrescida.” Em relação ao próximo Papa, Marcelo Rebelo de Sousa diz que vai ter um “grande começo” de pontificado, com as Jornadas Mundiais da Juventude de Julho, no Rio de Janeiro, o encerramento do Ano da Fé e “a apoteose dos 50 anos do Concílio” Vaticano II. “Certamente, procura-se a melhor pessoa para encarnar esse novo ciclo e até o fato de se saber que o Conclave  não começará antes do dia 15 de Março dá umas semanas, que são umas semanas importantes, provavelmente o Conclave pode ser muito mais curto. Não se trata de chegarem pessoas que se vão ver, contactar e em conjunto meditar pela primeira vez, mas não: andaram fazendo esse processo nas últimas semanas”, conclui Marcelo Rebelo de Sousa.

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