
O representante argentino ficou feliz com o relato feito pelo religioso sobre os momentos em que ele esteve com o Santo Padre, durante estada em Roma. “Foi tudo muito rápido, mas muito enriquecedor. O papa ficou alegre quando eu disse que era a primeira vez que o encontrava e, justamente, no dia do meu aniversário. Em outra ocasião pude entregar a terceira carta o convidando a incluir a capital pernambucana no roteiro da viagem ao Brasil”, contou dom Fernando.
O cônsul está animado com a possibilidade de acolher o líder da Igreja Católica e seguirá os esforços para que o objetivo da arquidiocese e do consulado seja concretizado. “Vamos continuar trabalhando e rezando para trazê-lo”, garantiu Beserman, que está no Recife há um ano e meio. Ele conheceu dom Saburido durante o velório do ex-governador Eduardo Campos. “A gente viu nas suas palavras muito das palavras de Bergoglio nos discursos dirigidos aos políticos argentinos”, revelou.

Para ver o sonho do papa visitar a Igreja Particular de Olinda e Recife realizado, muita gente tem contribuído. Dom Tourinho contou que visitou as carmelitas descalças no Convento Imaculada Conceição, em Camaragibe, e pediu que rezassem pela vinda de Francisco. A causa ganhou um reforço a mais nas orações.
O bispo auxiliar comentou uma reportagem que havia lido sobre o sequestro de filhos de mulheres desaparecidas durante o Regime Militar argentino. O bispo relatou o reencontro de uma da líder da organização de direitos humanos “Avós da Praça de Mayo” com o neto sequestrado após ter os pais mortos. A criança foi entregue a uma família de agricultores no Sul da província de Buenos Aires. O jovem é pianista e conheceu a avó após 37 anos.
“Eu também fui preso e sofri de perto com a Ditadura”, revelou Beserman. “Muitos padres foram mortos pelo regime por realizar trabalhos sociais. Os militares entendiam se tratar de política”, observou.
Sobre a visita do papa Francisco a América Latina (Equador, Bolívia e Paraguai), que acontecerá nos próximos dias, ele afirmou que há uma grande mobilização dos hermanos para participar dos eventos nesses países já que a Argentina ficou de fora da programação. “Cerca de 2 milhões de pessoas têm se preparado para viajar e acompanhar de perto a vinda do pontífice. O nosso país ficou de fora por estar às vésperas das eleições marcadas para outubro. Então, ele preferiu evitar qualquer tipo de interferência ou uso da imagem pelos políticos”, frisou.
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