segunda-feira, 6 de julho de 2015

Liturgia Diária

DIA 6 DE JULHO - SEGUNDA-FEIRA

XIII SEMANA DO TEMPO COMUM *
(VERDE – OFÍCIO DO DIA)

Antífona de entrada:
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como o vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10s).
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e Dai aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Leitura (Gênesis 28,10-22)
Leitura do livro do Gênesis.
Naqueles dias, 28 10 Jacó, partindo de Bersabéia, tomou o caminho de Harã.
11 Chegou a um lugar, e ali passou a noite, porque o sol já se tinha posto. Serviu-se como travesseiro de uma das pedras que ali se encontravam, e dormiu naquele mesmo lugar.
12 E teve um sonho: via uma escada, que, apoiando-se na terra, tocava com o cimo o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor,
13 que lhe dizia: “Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai e o Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que estás deitado.
14 Tua posteridade será tão numerosa como os grãos de poeira no solo; tu te estenderás, para o ocidente e para o oriente, para o norte e para o meio-dia, e todas as famílias da terra serão benditas em ti e em tua posteridade.
15 Estou contigo, para te guardar onde quer que fores, e te reconduzirei a esta terra, e não te abandonarei sem ter cumprido o que te prometi.”
16 Jacó, despertando de seu sono, exclamou: “Em verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia!”
17 E, cheio de pavor, ajuntou: “Quão terrível é este lugar! É nada menos que a casa de Deus; é aqui, a porta do céu.”
18 No dia seguinte, pela manhã, tomou Jacó a pedra: sobre a qual repousara a cabeça e a erigiu em estela, derramando óleo sobre ela.
19 Deu o nome de Betel a este lugar, que antes se chamava Luz.
20 Jacó fez então este voto: “Se Deus for comigo, se ele me guardar durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir,
21 e me fizer voltar em paz casa paterna, então o Senhor será o meu Deus.
22 Esta pedra da qual fiz uma estela será uma casa de Deus, e pagarei o dízimo de tudo o que me derdes.”
Palavra do Senhor.
 
Salmo responsorial 90/91
Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.

Quem habita ao abrigo do Altíssimo
e vive à sombra do Senhor onipotente
diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção,
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.

Do caçador e do seu laço ele te livra.
Ele te salva da palavra que destrói.
Com suas asas haverá de proteger-te,
com seu escudo e suas armas, defender-te.

“Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo
e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
Ao invocar-me, hei de ouvi-lo e atendê-lo,
e a seu lado eu estarei em suas dores”.
 
Evangelho (Mateus 9, 18-26)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
9 18 Falava ele ainda, quando se apresentou um chefe da sinagoga. Prostrou-se diante dele e lhe disse: "Senhor, minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe-lhe as mãos e ela viverá".
19 Jesus levantou-se e o foi seguindo com seus discípulos.
20 Ora, uma mulher atormentada por um fluxo de sangue, havia doze anos, aproximou-se dele por trás e tocou-lhe a orla do manto.
21 Dizia consigo: "Se eu somente tocar na sua vestimenta, serei curada".
22 Jesus virou-se, viu-a e disse-lhe: "Tem confiança, minha filha, tua fé te salvou". E a mulher ficou curada instantaneamente.
23 Chegando à casa do chefe da sinagoga, viu Jesus os tocadores de flauta e uma multidão alvoroçada. Disse-lhes:
24 "Retirai-vos, porque a menina não está morta; ela dorme". Eles, porém, zombavam dele. 25 Tendo saído a multidão, ele entrou, tomou a menina pela mão e ela levantou-se.
26 Esta notícia espalhou-se por toda a região.
Palavra da Salvação.
Comentário ao Evangelho
A FAMA DE JESUS
            Os milagres realizados por Jesus faziam-no conhecido e sua fama se espalhava cada vez mais. Entre outros, a ressurreição de uma menina, cuja morte era tida como certa, e a cura de uma mulher vítima de uma hemorragia renitente não eram fatos corriqueiros. Seria impossível, para quem os presenciasse,  guardar segredo.
            A propagação da fama de Jesus fazia-o correr o risco de ser tomado como um milagreiro. Esse tipo de gente tem o dom de atrair multidões para si. Os críticos poderiam considerá-lo como um impostor, sem escrúpulos de enganar as pessoas. Os impostores fazem-se rodear de crédulos que, ingenuamente, deixam-se levar por artimanhas. A fama podia também fazer Jesus passar por mago. Os magos exercem fascínio sobre as pessoas, com sua capacidade de iludi-las. A fama, portanto, podia ser perigosa para a imagem de Jesus e levar as pessoas a tomá-lo por aquilo que não era.
            O conhecimento de Jesus, por meio de sua fama, seria insuficiente. Seria apenas o primeiro passo de um longo percurso que se concluiria com a adesão à pessoa dele. A fama é apenas um ouvir dizer. Para conhecer Jesus, era necessário ir além e estabelecer com ele um contato pessoal, deixando-se tocar, profundamente, por ele. Desta sintonia é que brota o discipulado. Aí é que se conhece, de maneira correta, aquele Jesus que realiza milagres.

Oração
            Senhor Jesus, faze-me sintonizar sempre mais contigo, de modo a reconhecer-te como a mão amorosa de Deus fazendo o bem à humanidade.
 

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês).
 
Sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, ser purificados pela oferenda que vos consagramos; que ela nos leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! (Sl 33,9)
Depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por essa tão grande dádiva, possamos colher os frutos da salvação sem jamais cessar vosso louvor. Por Cristo, nosso Senhor.


MEMÓRIA FACULTATIVA

SANTA MARIA GORETTI
(VERMELHO – OFÍCIO DA MEMÓRIA)

Oração do dia:
Ó Deus, fonte de inocência e pureza, que ornastes Maria Goretti, ainda adolescente, com a graça do martírio e a coroastes no combate pela virgindade, dai-nos, por sua intercessão, guardar sempre os vossos mandamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Sobre as oferendas:
Aceitai, ó Deus, nossa humilde homenagem na comemoração da virgem santa Maria Goretti e concedei-nos, por esta oblação puríssima, manter acesa em nossos corações a chama do vosso amor. Por Cristo, nosso Senhor.
Depois da comunhão:
Nutridos pelo pão do céu, imploramos, ó Deus, vossa clemência, para que, alegrando-nos com a festa de santa Maria Goretti, possamos alcançar perdão para os nossos pecados, graça e proteção para nossas vidas e finalmente a glória eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
Santo do Dia / Comemoração (SANTA MARIA GORETTI):
Maria Goretti, humilde camponesa, nasceu em 16 de outubro de 1890 na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália. Seus pais, Luiz e Assunta, criavam os sete filhos em meio à penúria de uma vida de necessidades, mas dentro dos preceitos ditados por Jesus Cristo. A menina Maria, por ser a mais velha, cresceu cuidando dos irmãos pequenos em casa, enquanto os pais labutavam no campo. Uma de suas irmãs, mais tarde, tornou-se freira franciscana. As dificuldades financeiras eram tantas que a família migrou de povoado em povoado até fixar-se num povoado inóspito chamado Ferrieri. Nessa localidade, a família passou a residir na mesma propriedade de João Sereneli, ancião de sessenta anos de idade que tinha dois filhos, Gaspar e Alexandre, este com dezoito anos de idade. Assim, todos trabalhavam na lavoura enquanto a jovem Maria cuidava da casa e dos irmãos pequenos. Desse modo, Maria nunca pôde estudar, mas ao lado da família sempre freqüentou a igreja. Ela só estudou o catecismo para fazer a primeira comunhão, aos doze anos de idade, um ano após a morte de seu pai. Quando isto ocorreu, o senhor João, compadecido, manteve tudo como estava, contando apenas com a viúva para o trabalho na lavoura. Porém o problema era seu filho Alexandre, que passara a assediar Maria. Apesar da pouca idade, ela era bonita e bem desenvolvida, já atraindo os olhares masculinos. Como recusasse todas as aproximações do rapaz, este se irritou ao extremo. Até que, no dia 5 de julho de 1902, ele perdeu a razão e a tragédia aconteceu. Naquele dia, Alexandre trabalhava ao lado de Assunta quando inventou um pretexto, deixou a lavoura. Foi para o lar dos Goretti portando uma barra de ferro com ponta afiada, sabia que Maria estaria sozinha e indefesa. Primeiro insinuou, depois exigiu, por fim ameaçou a jovem de morte se não satisfizesse seus desejos. Mesmo temendo o pior, Maria resistiu dizendo que aquilo era um pecado mortal. Alexandre, transtornado por não alcançar seu intento, passou a golpear violentamente o corpo da menina. Ela ainda foi levada com vida a um hospital, após ser vitimada com quatorze perfurações. E teve tempo de perdoar seu agressor, pedindo a sua mãe e seus irmãos que fizessem o mesmo, por amor a Jesus. Maria Goretti morreu no dia seguinte ao ataque, no dia 6 de julho de 1902. Quanto a Alexandre, foi preso, quase linchado e condenado a trabalhos forçados. Porém, depois de vinte e sete anos de prisão, foi solto por bom comportamento. Depois de ir a Corinaldo pedir perdão à mãe de Maria Goretti, ingressou num convento capuchinho, onde viveu sua sincera conversão até morrer. Muitos milagres passaram a acontecer por intercessão da pequena menina virgem. A fé na sua santidade cresceu e espalhou-se de tal forma no mundo cristão que, em 1950, ela foi canonizada. Na solenidade, estava presente a sua mãe Assunta, então com oitenta e quatro anos, ao lado de quatro de seus filhos e Alexandre Sereneli, o agressor sinceramente convertido. O papa Pio XII declarou santa Maria Goretti padroeira das virgens cristãs. Até hoje continuam as romarias ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, onde se encontra a sepultura da santa, há dez quilômetros do povoado onde tudo aconteceu.

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