quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Biografia de irmã Dulce chega ao Nordeste


Longa-metragem tem estreia em Recife, com a participação de atrizes que interpretaram a religiosa.
Salvador - A carioca Iafa Britz, por meio da produtora Migdal Filmes, é quem está por trás da produção do longa-metragem "Irmã Dulce". Nessa terça-feira (11) à noite, o filme teve pré-estreia para convidados no Kinoplex Recife, em Boa Viagem, com a presença da produtora, do diretor Vicente Amorim e das atrizes Bianca Comparato e Regina Braga, que interpretam a freira em duas fases de sua vida.
Iafa Britz é conhecida por dois grandes sucessos recentes do cinema brasileiro: o espírita "Nosso lar", de Wagner Assis, e a comédia "Minha mãe é uma peça", de André Pellenz. Juntos, os dois filmes fizeram 8,5 milhões de espectadores.

De origem judia, Iafa se diz “bem ecumênica” em relação a questão religiosa. “Há três anos, uma devota de irmã Dulce me contou a história dela e acabei falando com Bruno Wainer, da distribuidora Downtown, sobre a ideia de um filme. Depois, conheci Maria Rita, sobrinha de irmã Dulce, e fiquei maravilhada com as obras sociais que ainda estão sendo feitas, mesmo depois de 20 anos da morte dela”, explica a produtora.

Produzido ao custo de R$ 9,5 milhões, o filme cobre a vida de irmã Dulce da década de 1920 até a década de 1980, quando ela subiu no altar do Papa João Paulo II, durante uma missa em Salvador, e foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. “Como Nosso lar foi importante para mim, Irmã Dulce também está sendo, principalmente por vincular a fé com a questão social e o amor ao próximo”, enaltece Iafa.

Desde o primeiro momento envolvido no projeto – ficou de fora apenas quando se dedicou a "Corações sujos", seu último longa –, o cineasta Vicente Amorim conhecia a história de irmã Dulce desde a adolescência.  “Eu acompanhei pela TV o trabalho dela. Sua opção pelos pobres era um assunto recorrente na minha casa. Meu avô tinha uma grande admiração por ela”, relembra o cineasta, que já dirigiu cinco longas-metragens, todos eles baseados em fatos reis.

“Essa conexão com a realidade não é um acaso no meu cinema, protagonizado por pessoas comuns, mas que existiram. A diferença é que irmã Dulce traz uma diferença e uma grande responsabilidade, porque ela é uma personagem pública, considerada pelos brasileiros, especialmente os baianos, uma santa”, salienta o cineasta.

Outro desafio de Vicente Amorim foram as filmagens em Salvador, nos lugares onde a freira trabalhou e viveu. “Seria muito pior se tivesse sido filmado em São Paulo, uma cidade que não guarda marcas do que foi 20 ou 30 anos atrás. Em Salvador, a parte história é quase a mesma da década de 1940. Ainda filmamos em Alagados, antes da destruição das palafitas”, garante Vicente.

Confira o trailer de "Irmã Dulce":


 http://youtu.be/wi-mg_m5P24

SIR

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