quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Portugal: Catolicismo só sobreviverá se for «declaradamente evangelizador e missionário»

Lisboa, 07 fev (SIR/Ecclesia) – O bispo do Porto sustenta que o catolicismo europeu só sobreviverá se conseguir ser “declaradamente evangelizador e missionário” no ambiente globalizado e secularizado que caracteriza a sociedade atual.
Numa mensagem deixada durante a última assembleia dos Párocos Dehonianos, que terminou ontem no Seminário de Alfragide, em Lisboa, D. Manuel Clemente sublinha a urgência de anunciar a mensagem de Cristo “começando na gentilidade do próprio bairro, escola ou hospital, quando não na própria casa e família de cada um”. “O que noutros tempos pôde ser uma geografia, é agora e prevalentemente uma atitude, mesmo sem sair da mesma terra, mas ganhando com o que se acompanhar, direta ou indiretamente, nas outras todas, perto ou longe”, sustenta o prelado, citado pela página da Diocese do Porto na internet.
Para o vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, o sucesso da Nova Evangelização depende muito também da capacidade que a Igreja Católica terá em “compreender a metamorfose social e cultural” que se está a verificar. De acordo com aquele responsável, “a crise deste ano ou fase da vida coletiva, a que a fé tem de (cor)responder com práticas consequentes, é de particular profundidade e exige uma compreensão não meramente circunstancial das coisas, para se poder ensaiar respostas capazes de criar futuro e não apenas suportar inevitáveis consequências”.
E as soluções e implementar pela Igreja, acrescenta D. Manuel Clemente, devem “radicar-se, necessariamente, em experiências comunitárias autênticas, que eduquem segundo o Deus Amor”, e que nunca se desviem da verdade da Palavra de Deus. “Das famílias às paróquias, dos institutos a todas as formas agregativas da vida cristã, a partilha do Evangelho e da vida é a fonte essencial da missão e da nova evangelização”, recorda o prelado. O bispo do Porto destaca ainda a importância dos cristãos não basearem a sua ação em outra coisa que não “o Deus que Cristo revelou, tão diverso das inveteradas congeminações e inadvertências” humanas. É preciso uma “Igreja una, santa, católica e apostólica”, de “tradição viva e insistente envio”, que não “se negue a si mesma”. “Cristãos é a melhor definição do que é ser discípulo de Cristo, isto mesmo e não outra coisa, colada a qualquer religiosidade difusa e à escolha, old ou new age que seja”, conclui.
A 14.ª Assembleia de Párocos Dehonianos teve início no último domingo, no Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, e contou com a presença de 42 religiosos, provenientes em grande parte de paróquias, reitorias e capelanias de diversos pontos do país. O evento, subordinado ao tema “Vive, proclama e testemunha a fé em Cristo: ‘Eu sei em quem pus a minha fé’ (2 Tim 1, 12)”, teve como objetivo “tomar consciência dos desafios colocados à ação pastoral” dos cristãos, num tempo de “grandes mudanças” e no âmbito do Ano da Fé que a Igreja Católica está a promover até novembro.

Um comentário:

  1. O mundo está a precisar de outra religião porque as que hoje existem já deram o que tinham para dar. Uma vez que Cristo não volta, coisa que já devia ter feito há quase 2.000 anos, algum de nós se arme em Jesus e diga o que ele disse na altura, ou aquilo que a sua igreja não disse, mais não seja para que algum de nós se salve e consiga encontrar Deus, que o Cristianismo mandou para um lar de idosos, perdendo a chave.

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